HomeIndiesSkelethrone: The Chronicles of Ericona – Desafios Brutais e Progresso Frustrante

Skelethrone: The Chronicles of Ericona – Desafios Brutais e Progresso Frustrante

Skelethrone: The Chronicles of Ericona é um título que busca desafiar até os jogadores mais veteranos em jogos do estilo Souls-like e metroidvania. Com influências claras de títulos como Bloodborne, Sekiro e Blasphemous, o jogo tenta capturar a essência dessas experiências, mas falha em entregar uma progressão recompensadora e equilibrada.

Desde o prólogo, The Prey, o jogo já mostra suas intenções: oferecer desafios intensos e conquistas difíceis, o que é positivo para fãs do gênero. No entanto, conforme você avança na versão completa do jogo, a falta de recompensa adequada após superar esses desafios se torna um grande ponto de frustração.

Um dos maiores problemas de Skelethrone: The Chronicles of Ericona é o desbalanceamento entre o esforço necessário para derrotar inimigos e chefes, e as recompensas obtidas. O número de “almas” (ou experiência) que você recebe por derrotar um chefe raramente é suficiente para um ou dois níveis de progressão, tornando o grind quase obrigatório e desmotivador. Mesmo com a coleta de fragmentos verdes para upgrades na árvore de habilidades, o jogo deixa a desejar em termos de progressão satisfatória.

Outro aspecto frustrante é a dificuldade em encontrar esses fragmentos, que muitas vezes estão escondidos em locais pouco visíveis e só são revelados pela interação com um botão. A falta de clareza no sistema de upgrade de armas também é um problema; após mais de 10 horas de jogo, ainda não está claro como ou onde melhorar o arsenal, o que faz com que cada confronto com chefes se torne uma tarefa árdua e repetitiva.

O design dos inimigos e chefes, por mais impressionante que seja, não compensa a sensação de estagnação. A luta contra chefes exige repetição exaustiva, o que, ao invés de proporcionar uma sensação de conquista, acaba desmotivando, especialmente quando o progresso é tão lento. A comparação com Sekiro é inevitável, mas enquanto Sekiro recompensa o jogador de maneira justa, Skelethrone não consegue replicar esse equilíbrio.

Por outro lado, não se pode ignorar o esforço e a dedicação do desenvolvedor. A paixão pelo projeto é evidente, e o preço final do jogo é surpreendentemente acessível, considerando o trabalho envolvido. Contudo, o jogo necessita de melhorias significativas na progressão do personagem e no balanceamento da dificuldade para realmente brilhar.

Para os fãs hardcore que buscam um desafio extremo sem uma progressão clara, Skelethrone: The Chronicles of Ericona pode ser interessante. No entanto, para a maioria dos jogadores, o jogo oferece mais frustração do que diversão. Até que esses problemas sejam resolvidos, é difícil recomendá-lo.

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Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução e decadência do mundo dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc etc etc jogo quase tudo.

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