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Review – Sancticide: Um Soulslike Promissor, Mas Com Problemas a Resolver

Atmosfera Imersiva e uma História Sarcástica

Se há um ponto em que Sancticide acerta, é na construção do seu mundo. O jogo transmite uma sensação única de desolação e mistério, utilizando elementos bíblicos para criar um ambiente perturbador. Pequenos detalhes, como a menção de um querubim que, ao ser revelado, se mostra uma estátua colossal com um olhar vazio e ameaçador, contribuem para essa ambientação.

A narrativa do jogo combina misticismo e ironia, com diálogos recheados de sarcasmo e um tom galhofa que pode agradar ou desagradar, dependendo da expectativa do jogador. A tradução para português parece competente, embora seja difícil avaliar sua precisão sem um conhecimento profundo da língua original.

Problemas na Interface e na Experiência do Usuário

A interface de Sancticide é um dos seus maiores problemas. Os menus são confusos, tornando a navegação no inventário pouco intuitiva e frustrante. Além disso, as janelas de diálogo são mal dimensionadas, deixando falas cortadas enquanto uma parte da tela fica vazia sem necessidade.

Os controles também não ajudam: jogar com um controle de Xbox, por exemplo, é um desafio adicional, pois não há opção de remapeamento até o momento. A resposta dos comandos poderia ser mais fluida, e a falta de polimento nesse aspecto compromete a experiência de combate.

Jogabilidade: Momentos Bons e Maus

O gameplay de Sancticide tem seus altos e baixos. A movimentação do personagem é aceitável dentro das limitações de um jogo independente, mas os problemas começam a aparecer quando se trata do combate.

  • Combate desbalanceado: o jogo não lida bem com múltiplos inimigos, e a presença de armas de fogo torna a mecânica ainda mais problemática. Melhorar o combate corpo a corpo e remover as armas de fogo poderia ser uma escolha mais acertada.
  • Parry e esquiva: o sistema de parry até funciona, mas a esquiva é pesada e não oferece invencibilidade (iframes), o que prejudica a fluidez do combate.
  • Dificuldade punitiva: os inimigos frequentemente atacam em grupo e parecem sincronizados para manter o jogador atordoado. Além disso, ao morrer, o jogador perde todos os seus itens, que ficam no chão dentro de uma pequena bolsa camuflada – um detalhe frustrante para quem precisa recuperá-los.

O jogo oferece algumas opções para ajustar a velocidade dos ataques e reduzir o consumo de stamina em bloqueios e esquivas, mas essas mecânicas ainda precisam de refinamento.

Conclusão: Potencial a Ser Desenvolvido

Sancticide ainda está em desenvolvimento e tem potencial para se tornar um ótimo soulslike indie. Sua atmosfera imersiva e narrativa sarcástica são pontos positivos, mas a experiência é prejudicada por uma UI problemática, um combate inconsistente e controles pouco responsivos.

Se os desenvolvedores conseguirem aprimorar esses aspectos, o jogo poderá encontrar um público fiel entre os fãs do gênero. Enquanto isso, vale a pena experimentar com a expectativa de que ajustes e melhorias ainda estão por vir.

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RPS Games
RPS Games
Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução e decadência do mundo dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc etc etc jogo quase tudo.

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