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Review: Honey, I Joined a Cult

Quando vi o título, de cara pensei em algo bem dark com sacrifícios e afins. Mas, nos primeiros minutos de jogo, já entendi que se tratava mais de um picareta se aproveitando de uma “crença coletiva”. É um tipo de jogo de simulação de construção e gerenciamento. Você constrói e gerencia, é isso. Sério, é isso mesmo. Se você assim como eu, achou que poderia sacrificar seus cultistas de alguma forma criativa e desumana ou evocar algum ser das trevas. Lamento te decepcionar.

O jogo tenta tirar sarro do passado, ou seja, os anos 70 e a busca pela “espiritualidade” e pelo “sentido da vida” daquela época. Isso significa drogas, sexo e rock and roll, certo… certo? Errado de novo. Este é um jogo com uma classificação etária baixa, o que significa que nem mesmo palavrões são permitidos. Então, além disso, o que realmente resta? Construção e gerenciamento com algumas piadas aqui e ali.

Desenvolvedor: Sole Survivor Games
Distribuidora: Team 17
Plataformas: PC
Data de lançamento: 14 de setembro de 2021
Valor: R$ 115,90

Você pode pesquisar e construir salas de terapia estranhas, como o banho de larvas, uma sala de canalização de espíritos, onde os cultistas farão uma sessão, e até mesmo uma sala de oração onde o líder fará um sermão em nome de… qualquer tipo de coisa em que você decidiu basear seu culto, mas no final, é apenas um meio de tornar sua “base” maior e avançar no jogo. Não há nenhum evento especial introduzindo um novo tipo de terapia ou mesmo um membro especializado que possa administrá-la, todos em seu culto podem fazer qualquer coisa. Só mais tarde as estatísticas dos cultistas farão uma diferença real, permitindo que eles participem de missões para tornar seu culto mais conhecido e, por sua vez, atrair melhores seguidores.

O jogador é capaz de selecionar entre algumas escolhas pré-fabricadas de culto ou misturá-las e fazer algo incrivelmente ridículo. Você pode pular a introdução que é basicamente: o culto deu errado. Todos, exceto você, foram detidos pela polícia. A única opção é, claro, criar um novo culto. Depois de escolher o tipo de culto que você quer, você terá o jogo guiá-lo através de um número aparentemente interminável de tutoriais. Há muitos parâmetros e estatísticas que tanto o seu quartel-general quanto seus membros possuem. O medidor de calor, por exemplo, lhe dirá quanta atenção negativa seu culto tem, se ficar muito alto, você terá manifestantes ou até mesmo a polícia à sua porta.

Para avançar no jogo, o jogador precisa pesquisar e criar salas para atender às necessidades básicas dos cultistas, para que eles não fiquem ainda mais loucos e comecem a quebrar coisas e, eventualmente, deixem o culto ou morram. Como qualquer culto que se preze, você também precisará de maneiras de roubar… quero dizer, “coletar doações” de adoradores para que o culto possa prosperar e, claro, aumentar sua influência sobre eles. 

É com o uso desses dois ativos principais que você pode pesquisar e construir novas salas. É apenas através da pesquisa, que é apresentada como uma árvore de habilidades, que você é capaz de construir novos tipos de salas de terapia, aumentar o número de cultistas que sua base pode conter e até novos tipos de comida que eles podem comer. Quando tudo correr de acordo com o plano, Os cultistas subirão de nível e ganharão pontos para serem distribuídos entre suas muitas estatísticas, o que influenciará sua capacidade de realizar um determinado trabalho, como recrutar novos seguidores e operar melhor qualquer uma das salas de terapia, para gerar melhores doações e influência do líder. 

Os gráficos usam arte 2D extremamente simples com uma visão de cima para baixo. Há um tipo de música de fundo dos anos 70 quase sempre tocando no repeat e alguns efeitos sonoros simples. O jogo consegue ser divertido, mas não deixa de ser um gerenciador bem complexo. Para os fãs desse tipo de jogo é uma excelente aquisição.

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Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução e decadência do mundo dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc etc etc jogo quase tudo.

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