Com a alta onda de jogos de mundo aberto, cheios de cantos para explorar, colecionáveis e sidequests, eis que surge um game completamente linear, com foco 100% na ação. Esse é Evil West, com uma fórmula vinda de tempos outrora, porém, com lindos gráficos e um combate extremamente fluido, mas será que essa fórmula agrada nos tempos atuais?
Com uma jogabilidade bem pesada e uma escrita que não finge ser mais profunda do que é, e às vezes isso é tudo que você precisa de um jogo para se divertir. O que as vezes Evil West arranha essa experiência mais simples x moderna, é que em vários locais do jogo as decisões de design são estranhas e datadas.
Desenvolvedor: Flying Wild Hog
Distribuidora: Focus Entertainment
Plataformas: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows
Data de lançamento: 21 de novembro de 2022
Valor: R$ 169,90 (PC Steam)
Evil West ocorre em uma história alternativa onde existe uma seita de vampiros e cowboys empunhando mechs no estilo steampunk, travando uma batalha entre si. Você joga como Jesse Rentier, um cowboy endurecido pela batalha, o último em sua longa linhagem de caçadores de monstros, que deve se vingar de um grupo particularmente desagradável de sugadores de sangue por ameaçar a mansão de sua família e a humanidade.
A jogabilidade de Evil West inclui explorar a arena, atirar/socar diferentes tipos de vampiros e, em seguida, passar para a próxima arena até chegar a uma luta de chefe climática no final do capítulo. Ao longo do caminho, você pode fazer alguns pequenos desvios para encontrar colecionáveis escondidos, mas não espere grandes missões secundárias ou caminhos alternativos em seu design de nível. E quando digo “pequenos” desvios, isso é ser generoso.
Em combate, Jesse tem acesso a um subconjunto de armas pequeno, mas impactante, um revólver, um rifle, uma manopla imbuída de habilidades elétricas, um lança-chamas e seus punhos. Existem algumas outras armas aqui também, mas todas parecem derivadas das que listei. Todos eles, exceto seus punhos, trabalham em uma mecânica baseada em cronômetro para que você não possa simplesmente enviar spam para uma arma OP repetidamente.
O tiro parece bastante forte, com um bom trabalho de som para suportar esses tiros pesados, e habilidades especiais, como ataques AoE, parecem poderosas o suficiente. Na falta de qualquer arma, você sempre pode confiar em seus punhos para socar sanguessugas e nobres até a submissão. O combate corpo a corpo honestamente parece que eles pegaram algumas dicas de God of War, mas não equilibrou os inimigos para serem tão responsivos a esses ataques.
Há uma árvore de atualização onde você pode gastar pontos de habilidade ou a moeda do jogo de “dólares” para atualizar suas armas e habilidades. Em um jogo tão linear, subir de nível não oferece muitas opções. As novas atualizações de armas oferecem efeitos chamativos e animações que ficam um pouco chatas depois de um tempo.
Você ainda pode olhar além de tudo isso se gostar de decapitar vampiros, e as ondas inimigas oferecem muito tempo para se divertir com isso. Os níveis extremamente restritivos não oferecem muito em termos de exploração. Evil West faz você correr e pular por longos corredores ocasionalmente interrompidos por arenas de combate.
O visual de Evil West é sensacional, me rendeu ótimas prints de tela enquanto explorava os 16 níveis do jogo, algumas coisas me lembraram ainda mais os jogos antigos, como paredes invisíveis para limitar o cenário e objetos não destrutíveis. Porém, nada que comprometa a diversão, apenas detalhes.
Evil West é um jogo com visual atual, porém, com uma receita bem conhecida da geração PS3 e Xbox 360, mas mesmo com mecânicas antigas ele se sai bem na ação, com movimentos fluidos e boa diversão, suas falhas ficam por conta de algumas decisões de design que trouxeram da mesma geração que vieram as mecânicas.
NÃO DEIXE DE CONFERIR MAIS REVIEWS AQUI OU NA NOSSA CURADORIA NA STEAM.