Atlas Fallen, um jogo que inicialmente parecia destinado à grandeza, lamentavelmente fica aquém das expectativas em diversos aspectos. O título flerta com a promessa de algo especial, mas é prejudicado por várias engrenagens que não se encaixam harmoniosamente. Embora haja um vislumbre de inovação, o enredo carece de profundidade e impacto. Personagens vazios e um cenário que é dolorosamente clichê fazem com que Atlas Fallen seja uma experiência decepcionante.
Embarcando em uma jornada em um mundo distópico, o jogador assume o papel de um protagonista munido de uma manopla misteriosa e a responsabilidade de enfrentar um destino grandioso. Infelizmente, essa premissa interessante não se traduz em uma narrativa cativante. Comparando-o com Forspoken, que partilha algumas semelhanças temáticas, Atlas Fallen carece do humor e charme que poderiam ter trazido uma abordagem única à história do “escolhido”. Ao longo do jogo, as semelhanças entre os enredos tornam-se evidentes, mas Atlas Fallen não consegue capturar o mesmo carisma que tornou Forspoken mais memorável.
O sistema de combate, embora apresente ideias interessantes, não consegue se destacar. A introdução de Essence Stones, que permite personalizar habilidades e buffs, poderia ter sido um ponto forte, porém, sua execução deixa a desejar. Embora ofereça uma variedade de opções, o combate se torna monótono e previsível após um certo ponto. A falta de diversidade no design dos inimigos também prejudica a experiência, tornando as batalhas menos emocionantes do que deveriam ser. A presença de batalhas de chefes é um ponto positivo, mas até mesmo esses momentos memoráveis são amortecidos pela reciclagem de monstros em cenários de combate genéricos.
A exploração pelo mundo de Atlas Fallen não é uma tarefa tediosa devido ao tamanho dos mapas interconectados. A capacidade de deslizar pela areia adiciona uma camada de dinamismo, embora a mecânica não seja tão empolgante quanto poderia ser. Infelizmente, o mundo em si carece de vida e diversidade. As áreas fora das missões principais são desinteressantes, e a falta de flora e fauna contribui para uma sensação de desolação que não é agradável.
Os personagens do jogo também enfrentam inconsistências. Tentativas de inserir opções de escolha no diálogo são desviadas para uma direção estranha e pouco impactante. O protagonista, muitas vezes sombrio e sem vida, carece de uma personalidade cativante. Mesmo após horas de jogo, a voz da manopla e do protagonista só mostram um vislumbre de humor, destacando a falta de desenvolvimento em suas interações.
É triste ver que Atlas Fallen não conseguiu aproveitar seu potencial. Há boas ideias aqui, mas elas são obscurecidas por decisões de design questionáveis e problemas de execução. A busca por atualizações e a exploração de diferentes habilidades poderiam ter incentivado uma exploração mais profunda do mundo do jogo, mas isso acaba sendo mais trabalhoso do que recompensador.
No geral Atlas Fallen é um exemplo clássico de um jogo com potencial não realizado. Sua narrativa rasa, personagens mal desenvolvidos e problemas de design prejudicam a experiência geral. Embora apresente algumas ideias promissoras, a falta de coesão e polimento impede que o jogo alcance as alturas que poderia ter atingido. Em comparação com Forspoken, que sofreu críticas, Atlas Fallen pode ser considerado uma melhoria, mas ainda assim, não consegue escapar de suas próprias limitações. Apesar de tantos pontos “quase lá”, Atlas Fallen ainda consegue oferecer uma experiência divertida e bem interessante.
NÃO DEIXE DE CONFERIR MAIS REVIEWS AQUI OU NA NOSSA CURADORIA NA STEAM.