Hoje tivemos o prazer de visitar Corridor Sigma, desenvolvido e distribuído por Matt Aufderheide, e teve no desenvolvimento apenas duas pessoas, e ousaram prometer um jogo de tiro em primeira pessoa no estilo anos 90. Confesso que inicialmente fiquei bem pé atrás com essa afirmação!
O jogo acontece em uma base alienígena, não tem uma história para justificar o porquê ou como chegamos ali, deixando o jogo sem sentido aparente, mesmo não sendo algo obrigatório ou que alguns façam questão, o ponto é que faz falta um background de para onde estamos indo ou de onde viemos. Principalmente porque esse foi um dos poucos pontos negativos que achei em Corridor Sigma.
A gameplay é muito sólida, um estilo arcade muito rápido e com controles extremamente simples, e confesso que adorei isso, você se limita a andar e atirar, WASD para se movimentar, botão direito do mouse para chutar e esquerdo para atirar, simples assim! Para facilitar ainda mais não existe recarga de armas, é sentar o dedo e ser feliz. Já falei que a primeira arma tem munição infinita e quanto mais rápido você clicar mais rápido ela atira?
Você começa o jogo com todas as armas, que são 5 ao todo, uma “pistola” que se assemelha mais a um fuzil com munição infinita, uma escopeta, um lança granadas, um lança chamas e uma metralhadora. As armas têm aparência própria, não se assemelhando a armas reais. Pelo cenário é possível encontrar munição para as demais armas que já estão no seu arsenal, só rolar o scroll do mouse ou apertar os números do teclado equivalente a cada uma delas, para mudar de arma e usar a melhor para cada tipo de inimigo. Além dos monstros existem algumas armadilhas pelo cenário, como torretas e drones.
Existe uma variedade de monstros considerável e os modelos são bem ok, porém a IA é meio limitada, mas nada que atrapalhe a diversão.
O jogo não tem mapa ou nada parecido, porém, para auxiliar na exploração dos níveis e não deixar o jogador perdido, a informação de onde está a saída fica sempre na tela, assim podemos usar a referência de onde fica a saída unido aos corpos dos monstros mortos para mapear o caminho já feito.
O fator replay fica por conta dos status de cada fase, uma vez que o jogador pode voltar às fases já vencidas para melhorar ou pegar o que não pegou da primeira vez, ao término de cada fase você recebe um relatório dos inimigos mortos, itens coletados e segredos encontrados. Este mesmo relatório de cada fase pode ser encontrado no menu principal, ótimo para os jogadores que adoram explorar cada cantinho e fazer 100%, o jogo te incentiva de forma natural a isso.
As texturas do jogo são bem ok, tem uma boa qualidade para um jogo independente feito por apenas duas pessoas, tanto a paleta de cores como o level design é muito agradável, e aqui mais uma vez nada de muito diferente ou novo, mas tudo bem consistente e funcionando bem.
Tecnicamente o jogo não apresenta nada de novo, porém, o que apresenta é sólido e divertido, tendo boas opções de resolução, dificuldade como easy ou hard, controle de volume dos efeitos e da música (aconselho baixar a música, pois não é das melhores) e a sensibilidade do mouse.
No fim das contas, executei Corridor Sigma sem muita esperança, afinal de contas tenho visto vários FPS na steam com uma qualidade muito contestável, com o valor de R$ 20,69 o jogo realmente vale o investimento, o visual faz juz a um bom game dos anos 90, jogabilidade sólida e divertida unido a um fator replay bem natural, a falta de uma história faz o jogo ser inesquecível, porém, vale muito a pena como um jogo casual de final de expediente.
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