O quarto jogo da série GRID recebeu este mesmo nome, simplesmente GRID ou GRID 2019, lançado em 10 de outubro de 2019 para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One, e em 19 de novembro de 2019 para Stadia.
Joguei inicialmente GRID 2 e logo em seguida o GRID Autosport, mesmo tendo o primeiro GRID, acabei não jogando por ser mais antigo e vi em algum lugar que esse tal GRID 2019 seria um “reboot” do primeiro jogo.
Logo que iniciei o game tive aquela bela primeira impressão que tive nos dois jogos anteriores da franquia que tive contato, gráficos belíssimos e um jogo de corrida sem complicações, sai do menu para a corrida e da corrida para o menu, nada de mundo aberto ou coisas extras para fazer, é correr e correr.
Ainda falando do menu, o mesmo conta com um belo design e simplicidade, o modo carreira (único que joguei e foco dessa análise) vem organizado como o Gran Turismo 2 (jogo esse que me fez jogar por muitas e muitas horas quando adolescente), os eventos todos listados, o jogador vai simplesmente correndo e desbloqueando mais eventos, cada evento concluído ganha um troféu com a colocação (muito Gran Turismo 2).
A jogabilidade se assemelha bastante ao GRID 2 e Autosport, aquela pegada meio arcade, meio simulador, bem mais puxado para o arcade, bem puxado mesmo! Mas esse arcade com um pezinho no simulador deixa os controles bem interessantes, nada difícil, mas cada carro possui suas características próprias, mudando a forma de jogar sempre que você mudar de carro.
Fernando Alonso e o Nemesis
O game teve a consultoria na criação do corredor Fernando Alonso, e foi adicionado um novo sistema de IA, com uma novidade chamada “Nemesis” que no meio da partida não me lembro de ter uma explicação clara no game, mas assim que você atrapalha um oponente, o mesmo fica com o status de nemesis e vai partir para cima atrás de vingança (dramático, mas era o que acontecia comigo).
Continuando a falar sobre a IA, os oponentes podem ser conduzidos por até 400 perfis de IA diferentes, cada um simulando diferentes estilos de direção e comportamentos. E isso funciona que é uma beleza, passei por jogadores cautelosos, outros extremamente agressivos, beirando o criminoso, aquele oponente casca grossa que não pensará duas vezes ao te jogar para fora da pista ou dar aquele toquinho na curva para você rodar, então, fica esperto.
A dificuldade é literalmente para todos os gostos, com boas opções de customização, você tanto pode jogar com linha guia apenas nas curvas, como em toda a pista, sem auxílio algum, na dificuldade fácil, muito fácil, médio, difícil, muito difícil… Ou seja, tem para todo gosto e pode ser customizado ao seu modo.
Não posso deixar de falar na sua característica principal, que é o fato de quebrar todo o carro, em alguns casos chega a dar pena o carro novinho dar aquela batidinha que deforma a chaparia, ou aquela encostada no muro que arranha toda a pintura. A barbeiragem pode ser punida apenas visualmente ou pior, uma vez que você pode configurar para os amassados serem só estéticos ou interferir no desempenho do carro, chegando a parar de funcionar.
Lindo para quem pode
Como já disse anteriormente os gráficos são belíssimos, nas predefinições de qualidade gráfica você pode escolher entre os perfis: baixo, baixíssimo, médio, alto ou altíssimo, porém, no baixo e baixíssimo o jogo mais parece um jogo de playstation 2, e apresentou tanto serrilhado que ao correr desta forma, parecia que tudo se mexia, foi simplesmente horrível, beirando o injogável, mesmo com os frames cravados em 60.
PS: Não fiquei mexendo em ajustes finos, para agilizar o processo só testei as predefinições que o jogo oferece como padrão, então, talvez no baixo e baixíssimo, ativando algum filtro X ou mexendo na opção Y possa deixar o game mais interessante.
Crash não Bandicoot
Comigo aconteceram vários crashes, suspeito que foi algo comigo, as primeiras 10 horas foram normais, após isso começaram a acontecer com cada vez mais frequência. Sempre após uma corrida, ou mesmo no começo de outra o game simplesmente ficava preso em uma tela sem informações, o que me fazia forçar a finalização do game pelo sistema operacional. Acredito que tenha sido algo com meu computador, ao parar a maioria dos programas que rodam em segundo plano, os crashs melhoraram (mas não acabaram totalmente).
A duração perfeita
O modo carreira dura algo entre 22 a 25 horas, para correr em todos os eventos e para mim foi a duração perfeita, nem tão curto, mas também nada tão exagerado que se torne cansativo, lembrando que estamos falando apenas do modo carreira, o jogo até o momento em que escrevi esta análise possui 3 temporadas adicionais que são adquiridas em forma de DLC, que adiciona mais algumas horas de gameplay.
Meu melhor amigo foi o Spotify
Se eu tenho que dar uma bronca neste game, aqui está, um jogo de corrida que não tenha uma música de fundo para quando estamos correndo, correr só ouvindo o som do motor e os comentários genéricos do narrador que depois de umas duas horas de jogo você já gravou de tanto que ouviu.
PS: Esse ponto é uma questão de gosto, tem jogadores que simplesmente removem a música para ouvir o barulho do motor.
Conclusão
Para quem procura um simulador ou jogo super complexo esqueça, o que faz GRID ser GRID é a simplicidade. O game é lindo e me diverti muito nas mais de 20 horas que joguei para completar o modo carreira. É extremamente gratificante ir pegando os troféus nas mais variadas categorias. GRID 2019 está a altura de seus antecessores e vai agradar quem gostou dos demais jogos da franquia.