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Diablo IV: Vessel of Hatred – Vale a pena a nova expansão?

Diablo IV: Vessel of Hatred marca a primeira grande expansão do aclamado RPG da Blizzard, trazendo novos conteúdos para Xbox, PlayStation e PC. Com uma média de 25 horas de jogo. Com nova classe, nova Zona, novas mecânicas… Sem dúvida o pacote é a altura de uma expansão para um jogo tão grandioso que é o jogo base, porém, será que vale o preço cobrado por essa expansão?

A Grande Adição: Spiritborn – A Nova Classe

O principal destaque de Vessel of Hatred é a adição da classe Spiritborn, que se baseia na força de quatro animais espirituais: Gorila, Águia, Jaguatirica e Centopeia. Cada especialização oferece um estilo de jogo distinto, trazendo diversidade e possibilidades de builds únicas:

  • Gorila: Um tanque resistente, ótimo para absorver dano em grupo.
  • Jaguatirica: Ágil e feroz, foca em dano em área de curto alcance.
  • Águia: Um combatente à distância, especialista em ataques de raio.
  • Centopeia: Mestre do veneno, capaz de envenenar inimigos e se curar a cada golpe.

Eu me identifiquei bastante com a Centopeia, que oferece uma jogabilidade tática e envolvente. É uma classe rápida e divertida de usar, perfeita para quem gosta de um estilo de combate focado em controle e dano persistente. A classe Spiritborn utiliza o recurso de Vigor, que é acumulado com ataques básicos e pode ser otimizado através de uma série de combinações de talentos e pontos de Paragon, abrindo espaço para muito min-maxing.

Nova Zona: Nahantu

O mapa também recebe uma nova zona: Nahantu, localizada no sudoeste de Santuário. Esse território traz uma estética de selva e pântano, com uma mistura de arquitetura nativa e paisagens cobertas de verde e água. Apesar do design visualmente agradável, Nahantu não se destaca como um dos cenários mais memoráveis de Diablo IV. No entanto, a atmosfera sombria e opressiva típica da franquia está presente, com a narrativa se desenrolando em torno da busca por Neyrell, que fugiu com a pedra da alma de Mefisto no final da campanha principal.

Infelizmente, personagens queridos como Lorath têm uma presença mínima, e novos vilões não conseguem preencher esse vazio de maneira satisfatória. O enredo começa promissor, mas se perde em um ritmo apressado que culmina em um final que decepciona. O resultado? Uma história que parece mais uma preparação para futuras temporadas e expansões, sem entregar o impacto esperado.

Sistema de Mercenários

Um dos aspectos mais interessantes para jogadores solo é o novo sistema de mercenários, que permite a escolha de um ajudante personalizado. São quatro opções:

  • Veryana: Um bárbaro canibal focado em combate corpo a corpo.
  • Aldkin: Um mago meio-demônio especializado em feitiços.
  • Subo: Um arqueiro que usa armadilhas em batalha.
  • Rahier: Um gigante com escudo que adora esmagar inimigos de perto.

Esse sistema adiciona uma camada extra de estratégia ao jogo, permitindo que o jogador crie sinergias com o estilo de combate de cada mercenário. Além disso, é possível desenvolver o relacionamento com eles, desbloqueando pontos de habilidades e outras recompensas.

O Que Mais Vessel of Hatred Adiciona ao Jogo Base?

Além da classe Spiritborn e da nova área, a expansão traz novas masmorras, aspectos para o códice e atividades cooperativas em PVE. Infelizmente, nem todos os recursos estavam disponíveis para teste durante o período de análise, como a nova atividade cooperativa, mas o retorno dos Runewords – que permitem equipar habilidades em slots de equipamentos, mesmo em classes que normalmente não as utilizariam – é uma adição empolgante para quem gosta de personalizar builds.

Pontos Positivos e Negativos

Pontos Positivos:

  • Nova Classe Spiritborn: Diversificada e extremamente divertida de jogar, especialmente para quem gosta de experimentar novas builds.
  • Sistema de Mercenários: Perfeito para jogadores solo, oferecendo novas dinâmicas de combate.
  • Atmosfera de Nahantu: Sombria e envolvente, típica do mundo de Diablo.

Pontos Negativos:

  • Ritmo da História: A narrativa começa bem, mas se perde no meio e culmina em um final decepcionante.
  • Vilões sem carisma: Novos personagens não conseguem substituir os já conhecidos de forma satisfatória.
  • Cenas de Corte: Cortam o fluxo do gameplay e tiram o senso de agência do jogador.

Conclusão

Diablo IV: Vessel of Hatred tem seus momentos de brilho, especialmente com a classe Spiritborn e o sistema de mercenários, que oferecem novas formas de explorar o gameplay. No entanto, a expansão falha ao entregar uma narrativa consistente e um final satisfatório. Pelo preço de R$100,00, se você estiver interessado apenas na história, pode se sentir frustrado. Mas se o que importa para você é esmagar hordas de demônios com novas mecânicas de jogo, há muito o que amar aqui.

Com essa análise de Diablo IV: Vessel of Hatred, espero que você tenha uma boa ideia do que esperar da expansão. Se o foco principal for a jogabilidade, certamente encontrará diversão; mas se o enredo é o que te prende, prepare-se para algumas decepções.

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Apaixonado por games desde sempre, tive o prazer de acompanhar grande parte da evolução e decadência do mundo dos games. RPG, Ação, Aventura, FPS, etc etc etc jogo quase tudo.

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